terça-feira, 2 de março de 2010

BERTHOLT. MARGOT. HISTORIA MUNDIAL DO TEATRO. São Paulo: Perspectiva, 2004.

BERTHOLT. MARGOT. HISTORIA MUNDIAL DO TEATRO.

São Paulo: Perspectiva, 2004.

O TEATRO PRIMITIVO

Tão velho quanto a humanidade, o teatro, mani-festa-se desde os primórdios do homem. Sendo que, uma das formas arquetípicas da expressão humana é a magia da transformação de uma pes­soa em outra.

O raio de atuação do teatro compreende desde a pantomima de caça dos povos da era glacial até as categorias dramáticas da atualidade.

Se o papel do xamã ou o dançarino mascarado é afastar os demónios, o ator tem, por função, inter­pretar a obra do poeta num movimento de conspira­ção contra a realidade prometendo outra mais ver­dadeira ainda. Nisso, reside o encanto do teatro que não nos permite perceber os artifícios para tal em­preendimento.

Do ponto de vista da evolução cultural a principal diferença entre as formas de teatro primitivas e as mais avançadas é a quantidade de acessórios e adereços cénicos empregados na expressão da mensagem.

Nas culturas primitivas são explorados materiais com os quais o homem tem contato, como a pele de um animal, por exemplo. Ao passo que no período barroco o homem cha toda uma parafernália de equipamentos que conferem suntuosidade â cena. Para depois, no século XX, alguém como lonesco subverter a ordem primando pela desordenação do palco.

No século XX, pratica-se a arte da redução fa­zendo com que qualquer coisa além de um ponto de luz pareça demasiado para a cena.

Há o expoente Mareei Marceau que representa um teatro atemporal. Seus espetáculos contam com o deslumbre dos recursos cénicos de sua época somados à Commedia deirarte, e a pantomima pro­veniente da Ásia e da mimica da Antiguidade.

Para a compreensão do teatro primitivo, é ne­cessário pesquisar as seguintes fontes: as tribos aborígenes, as pinturas das cavernas pré-históricas e a inesgotável riqueza das danças, mímicas e cos­tumes populares que sobreviveram pelo mundo afora.

A utilização de acessórios no teatro está presen­te desde o teatro primitivo. Isso, além da presença de aromas inebriantes e ritmos para estimular os efeitos do teatro.

Oskar Eberle escreve: O teatro primitivo é uma "grande ópera", O espaço de representação do teatro primitivo é a natureza, o chão de terra batida e constam de seus equipamentos algum totem fixo no centro, um animal abatido ou um monte de grãos.

Havia a presença da dança coral e do loatro em forma de arena, isso somado a procissões para a celebração de rituais. Isso quer dizer, que onde houvesse pessoas que se reunissem com o intuito de celebrar a magia que ali se manifestaria formas de teatro.

Por isso, o teatro pode ajudar na compreensão da rotina da vida, de onde podemos encontrar e ser encontrados como indivíduos.

EGITO E ANTIGO ORIENTE

Introdução

As bases da civilização ocidental estão registra­das na região do Egito e do Oriente Antigo. Na regi­ão que compreendia o Rio Nilo, o Rio Tigre e o Eu­frates e ao planalto iraniano, do Bósforo ao Golfo Pérsico há três milénios a.C. Neste período, o Egito desenvolveu as artes plásticas, a Mesopotâmia desenvolveu uma ciência, e Israel uma religião.

Egito

O culto aos mortos no Egito antigo deu origem aos monumentos mais grandiosos e duradouros da história da humanidade. Foram construídos túmulos no período pré-histórico, nas pirâmides e câmaras mortuárias no Egito.

Nos templos onde estão esses túmulos foram retratadas cenas de dançarinas, banquetes e pro­cissões, oferendas e sacrifícios nos murais dedica­dos aos mortos.

Tais imagens revelam a preocupação que os egípcios tinham com o mundo sobrenatural e reve­lam um carãter dramático. Estando contidos, em tais imagens, pedidos aos deuses em forma de pintura e escultura nas quais se escrevia uma palavra de invocação: Rá, o deus do paraíso. Esperava-se que esse deus recebesse o morto em seus reinos e o elevasse como seu igual.

Tais inscrições sepulcrais aparecem na forma de diálogo nas pirâmides. Por meio. desses hieróglifos que possuem mais de cinco mil anos é possível especular sobre o teatro no Egito.

A impressão que se tem da imagem que repre­senta a deusa ísis pronunciando uma formula mági­ca para proteger Horus, seu filho, é de que a mes­ma foi concebida dramaticamente.

Mesopotâmia

Ao que parece, no segundo milénio a.C, altera-se o perfil dos deuses na Mesopotâmia. A partir de então, apresentam-se menos despóticos e severos.

Enquanto isso, o povo egípcio fazia peregrina­ções a Abidos em busca de graças divinas e er­guendo monumentos comemorativos em homena­gem aos seus deuses.

Desde então, considera-se que os deuses me-sopotàmicos estavam descendo a terra e partici­pando dos rituais o que provocaria o começo do teatro ali.

A lenda do "matrimónio sagrado" que mostra a união do deus ao homem é um dos mais antigos mistérios da Mesopotâmia. Sendo que, utilizou-se nos templos da Suméria de pantomima, encanta­mento e música para encenar este drama religioso.

De acordo, com pesquisas recentes, o famoso estandarte-mosaico de Ur, do terceiro milénio a.C, é uma das mais antigas representações do "casa­mento sagrado". Trata-se de uma magnífica obra, com suas figuras compostas por fragmentos de conchas e calcário incrustados num fundo de lápis-lazuli, data de aproximadamente 2700 a.C.

Do segundo milénio em diante, o "casamento sagrado" foi quase com certeza celebrado uma vez por ano nos maiores templos do império sumeriano, com sacerdotes e sacerdotisas fazendo o papel de reis e rainhas.

Acredita-se que as disputas divinas dos sumérios possuem caraler teatral, dada presença de diálogos compostos durante o período em que a imagem dos deuses sumérios tornar-se mais humanizada no que diz respeito as características psicológicas dos deu­ses.

Há a presença de diálogos que apresentam a cada personagem tanto na forma como no conteú­do.

A partir de então é possível o desenvolvimento do drama com base num conflito simbolizado na ideia dos deuses e transportado para a psicologia humana, está esboçado o teatro.

AS CIVILIZAÇÕES ISLÂMICAS

As civilizações islâmicas abrigaram em seus territórios inúmeras transformações políticas, espiri­tuais e intelectuais.

No Islã, a fé serviu como ponto de convergência para os povos do Oriente Próximo a partir do ano de 610, quando Maomé mercador a serviço da rica viúva Kadhija, recebeu a revelação do Islã no monte Hira perto de Meca.

Depois de então, pela primeira vez, os povos do Oriente Próximo experimentaram algum sentimento de solidariedade desenvolvendo um novo estilo cultural segundo os preceitos do Alcorão.

Aquele ambiente inibiu o crescimento do teatro e do drama mediante a proibição da personificação do Deus.

Porém, surgiria a taziyé que é tida com uma das mais impressionantes manifestações teatrais do mundo. A taziyé que resultou da divisão do Islã en­tre sunitas e xiitas nunca viajou além do Irã.

A presença do teatro no Islã estava em desacor­do com os mandamentos do profeta, o que não impediu o cultivo de espetáculos populares ou o de sombra. Sendo que, para ludibriarem as proibições de representação da figura humana, se utilizava no teatro de sombras as figuras dos heróis-bonecos turcos Karagoz e Hadjeivat.

Os bonecos Karagoz e Hadjeivat eram confecciona­dos em couro de camelo, perfurados para deixar passar a luz e eram movimentados por ""meio de varas.

Pérsia

A prática da taziyé na Pérsia foi descrita e acom­panhada por Sir Lewis Pelly, quando participou da missão diplomática inglesa à Pérsia entre os anos 1862 e 1873. Sendo que, ele coletou 52 peças e chegou a publicar 37 delas.

O primeiro teatro persa a abrigar uma obra de Shakespeare foi o Teatro Zoroastriano de Teerã, fundado em 1927.

Hoje, está instalado em Teerã um moderno tea­tro estadual, que devidamente equipado, abriga a representação de obras clássicas e de vanguarda do repertório internacional.

E, a população do campo demonstra predileção pelos espetáculos e danças tradicionais, apresenta­ções de guerras acrobáticas e mitológicas e aos personagens folclóricos.

Turquia

Em 1922, com a extinção do sultanato, o império otomano chegou oficialmente ao fim, um ano mais tarde foi proclamada a República da Turquia. Os fatores que influenciaram o desenvolvi mento histórico e cultural da Turquia foram os seguintes: primeiro, os rituais xamânicos trazidos óa Ásia Cen­tral, que eram, até certo ponto, misturados com o culto frígio a Dionísio e que ainda existem nas dan­ças e jogos anatólios; depois a influência da Anti­guidade; em terceiro lugar vem a rivalidade com o Bizâncio; e por último, a influência decisiva do Islã a partir do século X.

A presença de músicos e dançarinos era abun­dante nas cortes e nos mercados, nos trens de ba­gagem das campanhas militares e entre as missões diplomáticas. Quando Manuel II Paleólogo, impera­dor do Bizâncio, visitou o sultão otomano Bayzed, admirou sua versátil trupe de músicos, dançarinos e atores.

Organizado segundo o padrão francês e italiano, o primeiro teatro turco com um fosso para orquestra e um cenário mecanicamente operado surgiu na primeira metade do século XIX. Foram apresenta­das nesse teatro peças de Molière, Goldoni, Goethe e Lessíng.

A presença de malabaristas, mágicos e circen­ses continuava a agitar as plateias em galpões de madeira e tendas. Bem como nos cafés praticava-se a tradicional arte do meddha.

O orta oyunu de Gedik Paxá foi inaugurado em novembro de 1867, durante o Ramada, por um ar­ménio de nome Gullu Agop. Este teatro tornou-se o centro do movimento nacional do teatro turco.

Porém, após a revolução de julho de 1908, o trabalho daquele autor estaria presente em teatros de todo o pais.

Atualmente, a Turquia conta com salas de teatro cuja programação consta de um repertório verdadei­ramente internacional.

O teatro de Sombras de Karagõz

Karagõz é o nome da personagem herói e do espetáculo de sombras turco. Com personalidade espirituosa e sua rápida retórica engendra trocadi­lhos ásperos e críticos. Essa personagem difundiu-se pela Grécia, Balcãs e lugares longínquos da Á-sia.

AS CIVILIZAÇÕES INDO-PACÍFICAS

Introdução

Provenientes de uma só grande crença, a de prestar homenagem aos deuses, a dança e o drama eram os dois componentes de igual importância na Índia.

O deus Shiva, senhor da morte e do renascimen­to terreno, era representado como o rei dos dança­rinos.

Na tradição hindu, o próprio Brahma também criou a arte do drama. Assim, antes de qualquer apresentação teatral, durante muitos séculos, reali-zava-se a cerimónia inicial de benção e purificação ligada a esse deus.

As grandes manifestações religiosas da india-bramanismo, jainismo e budismo cederam á dança, â pantomima exorcística e à recitação dramática, suas forças específicas do culto e sacrifício.

índia

Na índia, a arte da dança agrada aos deuses e é uma expressão notável da homenagem dos ho­mens. Sendo assim, a origem do teatro hindu está na ligação entre a dança e o culto no templo.

A representação da dança pode ser encontrada ao longo de 3500 anos de escultura hindu, desde a famosa estatueta de bronze da "Dançarina", nas ruinas da cidade de Mohenjo-Daro, no baixo Indo, aos relevos nas colunas do templo hindu em Citam-baram, exibem todas as 108 posições da dança clássica indiana de acordo com Natyasastra de Bha-rata.

Os jardins dos templos incluíam locais tradicio­nais para a dança e para a música religiosa. E. as dançarinas ficavam subordinadas à autoridade dos sacerdotes do templo e praticavam sua arte, na medida em que esta tinha a ver com o culto, dentro do espaço do templo.

Havia uma assembleia de dança especial deno­minada natamandira, e para objetivos mais gerais, uma sala de celebração denominada mandapa, na qual as dançarinas, músicos e recitadores homena­geavam os deuses. Até hoje, em alguns templos da índia pratica-se o costume das devadasis dançarem no cerimonial vespertino.

Utiliza-se o termo "teatro-templo" para se referir à arquitetura dos templos indianos. Sendo que, de­senvolveram-se na índia as seguintes formas tea­trais: o nata mais ligado à arte dos templos e o Rig Veda, mais próximo da manifestação popular com danças e acrobacias.

O Natyasastra de Bharata

O que se sabe sobre o teatro clássico da índia é que o mesmo derivou-se de uma única obra: o Nat­yasastra de Bharata. Estudiosos do sânscrito advo­gam que o autor Bharata viveu entre 200 a.C. e 200

d. C.

Esta documentado por Bharata. em Natyasastra. toda a forma do teatro do Extremo Oriente, cons­tando toda a arte expressiva e precisa do corpo humano.

Dança e atuação teatral são uma única coisa, sendo necessária atenção por parte do dançarino e do ator a cada detalhe. Desde a concentração ex­trema até as pontas dos dedos. Isso tudo, de acordo com uma lista que contém 24 posições para as pon­tas dos dedos, 13 movimentos de cabeça, 7 de so­brancelhas, 6 de nariz, 6 das bochechas, 9 do pes­coço, 7 do queixo, 5 do tórax e 36 dos olhos.

O Drama Clássico

Englobando toda a extensão da vida, da terra aos céus, o drama clássico indiano possui a lingua­gem espiritual traçada no Rig Veda, expresso em forma de baladas, que eram recitadas antifonica-mente nos ritos sagrados.

Indonésia

O teatro de sombra de wayang, surgido em Java, é tido como uma das formas teatrais mais belas desenvolvida ao sudeste da Ásia. Sua origem re­monta a época pré-hindu dos cultos ancestrais ja­vaneses. E, suas quatro variantes características podem ser encontradas ainda hoje por todas as ilhas.

Assim, é possível encontrar por meio de colecio-nadores, exemplares de seus graciosos atores, confeccionados em couro transparente, ou bonecos esculpidos em madeira, em relevo inteiro ou semi-relevo. com seus olhos bem estreitos e enigmáticos. O wayang adquiriu seus aspectos característicos durante o período áureo da civilização indiano-javanesa. Absorveu os velhos mitos védicos dos deuses, o Ramayana e o Mahabharata, e a riqueza das personagens desses dois grandes épicos e seus conflitos de guerra e paz.

O termo wayang purwa significa sombra antiga, ou da antiguidade. E, essa manifestação jamais se tomou profana ocupando até hoje uma função má­gica entre o homem e o mundo metafísico.

Isso, ainda que o teatro wayang seja tão comer­cializado nas cidades da Indonésia quanto as dan­ças indígenas e as danças com máscaras do wa­yang topeng, a famosa Dança das Ninjas, a Kiprah ou a djarankèpang. Ou, as formas de wayang wong. que significa o teatro do humano.

CHINA

Introdução

A história do teatro chinês remete a cinco mil anos atrás e envolve impérios e dinastias, rituais de fertilidade e de exorcismos xamânicos. Desde os primórdios da pantomima da corte e dos trocadilhos, sua mola propulsora foi o protesto contra o domínio mongólico. O drama chinês celebrou nos séculos XIII e XIV, seu triunfo nas colunas dos livros impres­sos e não nos palcos, ou seja, na forma de texto.

Até hoje, a arte dos acrobatas possui seu lugar de honra na Ópera de Pequim, numa das mais al­tamente consumadas formas de teatro do mundo. Sendo que, a acrobacia classifica-se como par da música.

Bertold Brecht incorporou ao teatro épico aquilo que chamou de "aspecto de exibição do antigo tea­tro asiático".

Origem e os "Cem Jogos"

O xamanismo foi grandemente desenvolvido no norte e no centro da Ásia. Mágicos e exorcistas eram responsáveis pelo transcorrer seguro da vida rural, pelas boas colheitas e pela boa sorte na guer­ra. Apresentavam danças rituais como wu wu em estado de êxtase.

O teatro de sombras chinês permaneceu como a forma favorita de teatro. Os bonecos de Pequim e de Szechuan, feitos de couro transparente de burro ou búfala, transmitem uma impressão da imaginati­va riqueza de ação e dos personagens épicos dos mitos folclóricos. É possível que o teatro de som­bras chinês tenha surgido na época do imperador Wu-ti.

Os "Cem Jogos" envolviam pantomimas, dança e apresentações acrobáticas e muito provavelmente eram praticados sobre uma plataforma simples, elevada, coberta por um telhado e limitada por uma parede ao fundo.

Os estudantes do Jardim das Pêras

Em meio ao surgimento do livro impresso, da manufatura de porcelanas, do florescimento da pin­tura, da poesia lírica e da intensificação do comércio com a Arábia e a Pérsia, o período da dinastia Tang (618-906) deu lugar ao mais famoso evento da his­tória do teatro da China: a fundação do chamado Jardim das Pêras.

O Jardim das Pêras è a academia teatral imperial da qual os atores de hoje subtraem sua designação poética de "estudantes do Jardim das Pêras".

O Caminho para o Drama

Gêngis Khan esperava que o contato com os principais artistas chineses lhe favorecesse uma visão íntima da mentalidade do povo conquistado, por isso promovia as artes.

Mas, como era de se esperar o drama tornou-se um centro de resistência subterrânea ao domínio dos mongóis.

Drama do Norte e Drama do Sul

O drama do Norte pode reivindicar a descendên­cia direta de Kuang Han-King, nascido em 1214, em Tatsu. Isso porque esse teatro estava cronologica­mente cerca de duas gerações à frente do teatro do Sul.

Tido como o pai do drama chinês Kuang Han-King foi um alto oficial de Estado da dinastia Kin. Escreveu sessenta e cinco peças - comédias de amor, peças cortesãs e dramas heróicos. Catorze dessas chegaram até nós.

A peça Musical do período Ming

O músico Wei Liang-fu desenvolveu a partir dos elementos da música do Norte e do Sul, um novo estilo musical baseado em sistemas tonais e ritmos fixos. Criava, assim, uma nova forma teatral a k'um-ch'u.

Suas reformas musicais e os dramas líricos e poéticos do mestre Yu-Ming, cujas quatro peças mais famosas são conhecidas pelo título conjunto de Quatro Sonhos da Sala Yu-Ming, fundaram a alta perfeição do estilo moderno da Ópera de Pequim.

A concepção Artística da Opera de Pequim

A peça musical lírica e poética começou a se desenvolver por volta da metade do século XVIII, durante a dinastia Ching. O imperador Ch'ien Lung (1736-1795) tinha um grande interesse pelas trou-pes teatrais da China e encontrava tempo, em suas viagens, para visitar os teatros das províncias.

O estilo da Ópera de Pequim combina os dois elementos dominantes do teatro chinês: a perfeição uniforme do conjunto e também o desempenho indi­vidual singular do ator principal.

No palco, o ator não se apoia em aparatos céni­cos para apresentar sua arte. Pois, o palco do teatro chinês e o mesmo de séculos atrás. Uma simples plataforma com um fundo neutro. Há apenas a pre­sença de uma mesa, de uma cadeira, um divã co­berto com um precioso brocado.

O Teatro Chinês Hoje

Cerca de quatrocentos estudantes passam por um intensivo treinamento na Escola Nacional em Pequim.

A influência do teatro ocidental não constituiu padrão para a cultura teatral chinesa. O que faz da Ópera de Pequim a essência da arte chinesa

JAPÃO

A mola propulsora do teatro japonês está no poder sugestivo do movimento, do gesto e da pala­vra falada. Os japoneses desenvolveram uma forma de expressão total quase que exclusiva. Podendo ser descrita como uma celebração solene, formali­zada, de emoções e senomentos. cujos espetáculos evocam desde a pantomina até os mais sutis refi­namentos da arte aristocrática.

Nenhum comentário:

Postar um comentário