Esse blog é destinado aos relatos de experiencias vividos em sala de aula como professor de educação básica II e Ensino Médio... Aos meus pensamentos.... a muitas coisas
Também tem a finalidade de ser uma "ponte" entre meus alunos e eu, para que possam ver suas notas, pegar orientações sobre trabalhos... entre outras coisas
Os alunos das 5ª séries da E.E. Professor Nelson Stroile participaram de um ato cívico no último dia 22/04 em comemoração aos 509 do Descobrimento do Brasil. Os alunos ensaiaram o hino em classe (postura e letra) para depois irem a frente da escola para e sua execução, além de fazerem uma leitura do hino em uma linguagem mais atual, para que todos pudessem entender com clareza o que fala o nosso hino.
O processo de educação começa com a família, quando os pais ou responsáveis transmitem a seus filhos princípios morais e éticos, valores e normas de comportamento. Ou seja, é o início da formação da criança, que aos poucos vai sendo preparada para a vida em sociedade.
Num segundo momento, entra em cena a escola. Tem início a etapa da instrução da criança, em que ela vai adquirir conhecimentos referentes a áreas do saber específicas: Línguas, Matemática, Geografia, História e muitas outras.
O papel da escola, porém, não fica restrito a esse tipo de informação. De certa forma, a instituição de ensino dá continuidade ao processo iniciado pela família, educando a criança e o adolescente também para a vida, por meio da disciplina, das responsabilidades e do estímulo ao exercício da cidadania.
Todas as iniciativas na área da educação, desde o aprendizado formal em sala de aula, a prática de esportes, arte e atividades lúdicas até o incentivo à leitura, ao desenvolvimento do raciocínio e às experiências científicas são válidas para a realização pessoal de cada indivíduo e para o progresso da humanidade.
Fonte: IBGE teen Imagem: Photodisc/Getty Images
"...a boa educação é a base de uma nação consciente de seus direitos e deveres, que é capaz de construir o melhor para si e seu país, contribuindo para uma sociedade mais justa e com alta qualidade de vida".
Educação - É o conjunto de técnicas e conhecimentos necessários para a transmissão do saber e dos valores essenciais à sociedade.
Ao professor cabe transmitir conhecimentos e estimular o raciocínio lógico e a visão crítica dos estudantes, ajudando-os no desenvolvimento de habilidades para entrar no mercado de trabalho e assumir seu papel de cidadão.
Atua em todos os níveis da educação, do ensino infantil ao superior. Pode lecionar disciplinas específicas nos cursos profissionalizantes, nas classes de alfabetização, de educação especial (para portadores de deficiência) ou para jovens e adultos (antigo supletivo). Pela Lei de Diretrizes e Bases de 1996, todos os professores, de qualquer nível de ensino, devem ter formação superior a partir de 2007. Para lecionar em faculdade, é preciso, ainda, ter pós-graduação.
Hoje em dia é grande a importância dada à educação. O número de analfabetos no país vem caindo a cada ano e praticamente todas as crianças com idade entre 7 e 14 anos estão matriculadas na escola. E também há um esforço para colocar na pré-escola as crianças com menos de seis anos de idade.
Outra preocupação atual é com a repetência. Professores e o Ministério da Educação buscam formas de evitar a repetência dos alunos para que eles não desanimem e acabem abandonando a escola. Mesmo assim, muitas crianças e jovens têm que deixar de estudar porque precisam trabalhar.
A qualidade do ensino também é um ponto importante para se pensar. Pouco adianta completar séries e ganhar um diploma se não aprendermos de verdade. Por tudo isso, estudar com prazer e buscar compreender o mundo através do que aprendemos é uma boa forma de comemorar o Dia da Educação.
Como anda a educação no Brasil?
O IBGE realiza várias pesquisas que levantam dados sobre a educação no Brasil, sendo a maior delas o Censo Demográfico. O último censo foi em 2000 e trouxe informações sobre analfabetismo, anos de estudo, freqüência escolar e redes de ensino, com distribuição de acordo com idade, estados, regiões do Brasil e sexo, entre outros dados.
Outra pesquisa importante, realizada com amostras da população brasileira, é a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, que apresentou seus mais recentes resultados em 2003. Vamos aproveitar o Dia da Educação para sabermos mais sobre o assunto no Brasil?
Mais brasileiros sabendo ler e escrever
O mundo moderno exige das pessoas uma preparação cada vez melhor para o exercício de suas tarefas. Ler e escrever, além de serem formas de se comunicar com o mundo, são atividades básicas para o desempenho de muitas outras funções.
Sob esse aspecto, a população brasileira vem conseguindo alguns avanços. Segundo a Síntese de Indicadores Sociais 2004, que traz os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2003 (PNAD), do IBGE, o crescimento contínuo da taxa de escolarização vem reduzindo o analfabetismo, elevando o nível de instrução da população em todo o país e diminuindo, gradativamente, as grandes diferenças entre as regiões.
A taxa de escolarização dos jovens de 15 a 17 anos, por exemplo, aumentou cerca de 33% nos últimos 10 anos e atingiu, em 2003, 82,4% desses jovens. Não houve grandes variações entre as taxas regionais e a taxa média nacional.
Sobe o nível de instrução da população, cai o analfabetismo
A crescente escolarização vem impulsionando a elevação do nível de instrução da população. Entre 1993 e 2003, o analfabetismo declinou em quase 30% no Brasil. Esse declínio foi mais intenso nas regiões Sul (34,7%), Centro-Oeste (32,1%) e Sudeste (31,3%), principalmente nos estados do Paraná e Santa Catarina (com reduções de 37,6% e 36,7%, (respectivamente), o Distrito Federal (-45,7%) e o Rio de Janeiro (-41%). O Nordeste apresentou um declínio de 27%.
São considerados analfabetos todos aqueles que possuem mais de 15 anos de idade e não sabem ler nem escrever. A diminuição das taxas de analfabetismo no Brasil deve-se ao maior acesso da população carente ao ensino fundamental e aos programas de alfabetização de adultos, como, por exemplo, o Alfabetização Solidária, onde o governo federal atua em parceria com universidades, empresas privadas, prefeituras e comunidades, e o Movimento de Educação de Base, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB.
Meninos e meninas: quem estuda mais?
Segundo a Síntese de Indicadores Sociais 2004, o analfabetismo apresentou maior declínio entre as mulheres (31,7%) do que entre os homens (26,9%).
No grupo das pessoas com mais de 10 anos de idade, ocupadas, as mulheres têm em média um ano de estudo a mais do que os homens (média de anos de estudo iguais a 7,7 e 6,7, respectivamente).
Educação, formando o ser humano
Segundo o Novo Dicionário da Língua Portuguesa, de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, educação é: "processo de desenvolvimento da capacidade física, intelectual ou moral da criança e do ser humano em geral, visando à sua melhor integração individual e social". O processo de educação começa com a família, quando os pais ensinam a seus filhos o que julgam ser certo, como devem se comportar, a respeitar as outras pessoas. Ou seja, é o início da formação da criança, que aos poucos vai sendo preparada para a vida individual e em sociedade.
Num segundo momento, entra em cena a escola. Tem início a etapa da instrução da criança, onde ela vai adquirir conhecimentos referentes a áreas do saber específicas: Língua Portuguesa, Matemática, Geografia, História, entre outras.
Mas o papel da escola na formação do indivíduo não fica restrito a esse tipo de informação. De certa forma, a escola vai dar continuidade ao processo que foi iniciado pela família, educando a criança e o adolescente também para a vida, através da disciplina, das responsabilidades, do estímulo ao exercício da cidadania.
E lembre-se: a boa educação é a base de uma nação consciente de seus direitos e deveres, que é capaz de construir o melhor para si e seu país, contribuindo para uma sociedade mais justa e com alta qualidade de vida.
Quem está na escola vai à escola?
Agora vamos estudar mais detalhadamente a situação desses jovens que estão na escola. Há inúmeras razões que determinam o grau de freqüência à escola. A Pesquisa de Padrão de Vida (PPV), realizada pelo IBGE, entre março de 1996 e março de 1997, nas regiões metropolitanas do Nordeste e do Sudeste, onde estão concentrados 70% da população, teve como um dos temas apurados a Educação, com destaque para o estudo da freqüência à escola.
Veja alguns dos resultados da pesquisa:
8% das crianças entre 7 e 14 anos, residentes nos domicílios pesquisados, não freqüentam a escola e grande parte alega como causas dessa situação dificuldades financeiras e desinteresse.
Entre as crianças de 7 a 9 anos, a renda aparece como o principal motivo (28%) pela não freqüência, seguida por razões ligadas ao sistema educacional (26%, sendo 11% a falta de vagas e 15% a ausência de escola próxima do domicílio) e por desinteresse (9%).
Já para a faixa de 10 a 14 anos, o desinteresse é o principal motivo (31%), seguido pela renda (25%). Os problemas relacionados ao sistema educacional respondem por 22%.
Na medida em que aumenta a renda familiar, cresce também a taxa de escolarização entre os membros da família.
O atual sistema educacional brasileiro tem a seguinte estrutura: - Educação Básica - compreende a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio. - Educação Superior - compreende o ensino superior e pós-graduação. Há também a educação profissional nos níveis básico, técnico de nível médio e tecnológico e a educação especial, para estudantes portadores de deficiência física ou mental.
Quanto maior o nível de instrução, maiores são as chances de encontrar trabalho. A conclusão é da Pesquisa de Padrão de Vida (PPV), realizada pelo IBGE, entre março de 1996 e março de 1997, nas regiões metropolitanas do Nordeste e do Sudeste, onde estão concentradas 70% da população.
Os resultados da PPV mostraram que a taxa de ocupação para quem estuda durante 12 anos ou mais é de 77,62%, contra 44,5%, para os que têm de 1 a 3 anos de estudo.
O Brasil gasta, em média, 5,5% do Produto Interno Bruto - PIB em programas de educação, incluindo os gastos públicos e os investimentos privados. Esse valor é alto. Só para se ter idéia, os Estados Unidos destinam 5,3% de seu PIB com educação e a Inglaterra, 5,5%. O problema que o Brasil enfrenta é a distribuição desigual dos recursos nos diferentes níveis de ensino. Aos alunos de nível superior é destinada uma quantidade muito maior de recursos do que para os do ensino fundamental.
Pesquisa em diversos sites Webdesigner: Lika Dutra
“… a boa educação é à base de uma nação consciente de seus direitos e deveres, que é capaz de construir o melhor para si e seu país, contribuindo para uma sociedade mais justa e com alta qualidade de vida”.
Hoje 28 de abril é o dia mundial da educação, mais o que podemos falar do sistema publico do nosso país, a omissão dos governantes na forma que esta estabelecida a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), que estabeleceu a progressão continuada, e a ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) que para muitos e a melhor legislação do mundo em relação ao assunto.
Como professor tem coisas que a APEOESP (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) reivindica e de ser elogiar, como a diminuição de alunos por sala de aula, com isso novas salas seriam abertas e aumentando o numero de professores contratados para ministrar as aulas, mais as paralisações como a do ano passado, muitos manifestantes só pensavam no aumento de salário.
Uma pergunta para você professor quem este errado, o sistema a sociedade ou a classe do magistério, que parece esta cada vez mais desunida?
Abaixo algumas frases de um dos maiores educador do mundo “Paulo Freire”
“Na verdade, o domínio sobre os signos lingüísticos escritos, mesmo pela criança que se alfabetiza, pressupõe uma experiência social que o precede – a da ‘leitura’ do mundo.”
“Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: os homens se libertam em comunhão.”
“A consciência do mundo e a consciência de si como ser inacabado necessariamente inscrevem o ser consciente de sua inconclusão num permanente movimento de busca.”
“Quando penso em minha Terra, penso sobretudo no sonho possível – mas nada fácil – da invenção democrática de nossa sociedade.”
“Devemos compreender de modo dialético a relação entre a educação sistemática e a mudança social, a transformação política da sociedade. Os problemas da escola estão profundamente enraizados nas condições globais da sociedade.”
“Para a concepção crítica, o analfabetismo nem é uma ‘chaga’, nem uma ‘erva daninha’ a ser erradicada (…), mas uma das expressões concretas de uma realidade social injusta.”
“Desrespeitando os fracos, enganando os incautos, ofendendo a vida, explorando os outros, discriminando o índio, o negro, a mulher, não estarei ajudando meus filhos a ser sérios, justos e amorosos da vida e dos outros.”
(Últimas palavras escritas por Paulo Freire. Referia-se ao índio Galdino, assassinado por um grupo de adolescentes, em Brasília, 1997.)
A minha resposta é em função das partes grifadas da matéria, principalmente ao que diz "Há uma série de fatores que favorecem o analfabetismo funcional. ' Em 1º lugar, a MÁ FORMAÇÃO DOS PROFESSORES CONTRIBUI PARA ISSO". Concordo com a pedagoga Lucimara Murback Jorge, que existam profissionais não qualificados no magistério público, e até mesmo no privado, mas contudo não há a necessidade de generalizar! A simples colocação "de alguns professores" já mudaria toda a interpretação da matéria! Acaso em algum momento este jornal, ou mesmo a pedagoga entrevistada veio conferir as minhas habilitações, Eu não sou e não me considero mal formado, despreparado, incapaz de realizar as minhas atividades enquanto docente! pelo contrário, me sinto capaz de atuar como professor, como já tenho atuado desde março de 2007, não me considero o melhor professor do mundo, mas me esforço para ser o melhor para os meus alunos, buscando trabalhar sempre com recursos didaticos, aulas expositivas, incentivando a cultura e a leitura, e buscando sempre um relacionamento cordial com meus alunos. A formação de um professor não termina com a colação de grau em suas universidades e faculdades, ela é contínua, gradual, e ocorre diariamente com o enfrentamento de novas situações em sala de aula, como por exemplo alunos analfabetos funcionais! Nós, professores já somos muito atacados, e pouco defendidos!Professore como EU, que atuam ainda de forma eventual / OFA / ACT, que possuem todas as responsábilidades de um professor EFETIVO, mas não possuem e não podem gozar dos mesmos direitos MERECEM O RESPEITO, A ADMIRAÇÃO E A AJUDA de todos!
Pantomima é um teatro gestual que faz o menor uso possível de palavras e o maior uso de gestos. É a arte de narrar com o corpo. É uma modalidade cênica que se diferencia da expressão corporal e da dança, basicamente é a arte objetiva da mímica, é um excelente artifício para comediantes, cômicos, clowns, atores, bailarinos, enfim, os intérpretes.
Nesta modalidade, os pantomímicos precisam buscar a forma perfeita, a estética da linha do corpo, pois através do gesto tudo será dito, uma boa pantomima está na habilidade adquirida pelo pantomímico em se transfigurar no ato da interpretação, passando para a platéia todas as ações e mensagens pelos gestos. É uma das artes que exige o máximo do artista para que este receba o máximo de retorno do público, ou seja, a atenção da platéia para que a mensagem seja passada devidamente.
Por mais que seja difícil e trabalhoso introduzir a pantomima em um grupo que esteja acostumado com textos orais, sempre é possível criar através da gestualidade do corpo. A pantomima costuma impressionar e chamar a atenção da platéia; por ser de fácil assimilação, por chamar a atenção, por ser praticamente universal, ela é bastante utilizada.
História
Pode-se dizer que a pantomima é tão antiga quanto a dramaturgia, e ambas tem a mesma origem que: Grécia Antiga. Foram encontrados indícios de pantomima também em rituais religiosos sumérios, hindus e egípcios, além dos gregos, há mais de cinco mil anos. Ao narrar epopéias e tentar transmitir sensações do divino, os sacerdotes acabavam demonstrando características pantomímicas, e isso era muito mais claro na Grécia. Esta foi a primeira semente pantomímica, a pantomima sagrada.
No século IV a.C., a Grécia helênica promove seus festivais dionisíacos. A tragédia é muito popular. Aristóteles escreveu em sua obra A Poética sobre o texto da tragédia e cita no primeiro parágrafo os mimos de Sófron e Siracusa, como uma expressão teatral, à parte, com a necessidade de uma denominação específica. Nos vasos jônicos é fácil de encontrar as pinturas retratando esses artistas que mimicavam os governantes locais ou os tipos populares engraçados. Essa foi a pantomima antiga.
O imperador romano Augusto promoveu os pantomímicos. Os festivais realizados no Palácio dos Esportes eram assistidos por 40.000 pessoas. Muito foi escrito sobre esse apogeu da pantomima. O poeta Livius Andronicus é considerado o primeiro one-man-show da história do teatro. Foi inventor da pantomima romana. Ele fez a ponte entre a pantomima grega e a latina. Também vale reportar a citação de Cícero sobre a interpretação de dois grandes pantomímicos romanos, Bathylle e Pylade, quando apresentaram suas versões para a tragédia grega Prometeu, de Ésquilo, - Como se existisse uma língua em cada ponta de seus dedos. Essa foi a pantomima clássica.
Após o obscuro período da Idade Média onde a Inquisição proibiu qualquer livre manifestação artística, surgiu na França em 1813 um genial pantomímico que reavivou o gênero. Jean-Gaspard Debureau criou o personagem Baptiste oriundo da família dos Piêrrots da comédia francesa. Elaborou um repertório e motivou o surgimento de um estilo romântico. Houve uma efervescência da pantomima romântica nos anos posteriores e por toda a Europa muitos artistas aprimoraram o estilo se apresentando em teatros, music-halls, boulevares e circos. Sua figura e estilo foi imortalizado no cinema pelo filme de Marcel Carné "Les Enfants du Paradise" (Boulevard du Crime, em português) onde o grande ator e mímico francês Jean Louis Barrault protagonizou. Já nos filmes de cinema mudo os pantomimos Chales Chaplin e Buster Keaton são os mais expressivos herdeiros desta pantomima. Essa foi à pantomima romântica.
No início do século XX as artes em geral tiveram seus conceitos e estéticas transformadas com rupturas aos conceitos tradicionais e o surgimento de novas tendências estéticas. Na França Etiênne Decroux começou a codificar uma gramática para o movimento corporal, resultando numa técnica que acabou sendo as diretrizes para o surgimento de um novo estilo de pantomima. O mais representativo pantomímico dessa técnica é Marcel Marceau que criou o personagem Bip e um repertório neo-clássico.
Hoje, essa técnica é identificável como uma linguagem de acessório nos trabalhos de vários artistas. Por exemplo, nas coreografias de Michael Jackson com seus passos de dança sem sair do lugar. Nas performances dos shows de ilusionismo dos mágicos, como David Cooperfield ou nas performances cinematográficas do clown inglês Mr. Bean. Essa é a pantomima moderna, a pantomima como se conhece atualmente.
Até em Chaplin, a pantomima era apenas o pantomímico e o palco vazio, tudo dependia da expressão, mas graças a ele hoje pode-se utilizar cenário, objetos e figurino, pois era impossível fazer uma pantomima cinematográfica sem recursos cênicos.
No Brasil a técnica da mímica chega em 1952 através do ator, tradutor, diretor e mímico português Luís de Lima que encena o primeiro mimodrama - O ESCRITURÁRIO e ministra inúmeras oficinas e cursos de mímica pelo Brasil influenciando e criando uma nova geração de mímicos. Paralelo a isso a presença de Marceal Marceau com suas turnês influencia da mesma forma. Brasileiros precursores da década de 70 são Ricardo Bandeira, Juarez Machado, Denise Stoklos e dessa nova geração Josué Soares, Luiza Monteiro, Vicentini Gomes, Fernando Vieira, Alberto Gaus, Jiddu Saldanha, Sérgio Bicudo, Toninho Lobo, Alvaro Assad, Marcio Moura, Melissa Teles-Lôbo,...
A pantomima também tem sido utilizada por muitos grupos cristãos para promover sua fé, dentre os quais destaca-se a fundação norte-americana Jocum (Jovens Com uma Missão) que é uma das pioneiras neste tipo de pantomima cristã.
Figurino
A pantomima obedece ao objetivo de chamar a atenção, impressionar, impactar e transmitir a palavra da maneira mais fácil possível para os espectadores, isto faz do figurino acessório importante para a apresentação de uma pantomima de qualidade – isto é, uma pantomima que tenha o máximo de retorno.
Existem algumas maneiras de se utilizar o figurino. Nos grupos de pantomima cristãos, costuma-se utilizar dois tipos: padronização e casualidade. Ambas são muito utilizadas por diferentes grupos que apresentam diferentes gostos, por exemplo, a oficina de teatro do ministério Ajores trabalha somente com a padronizada, uma questão de gosto do diretor e seus integrantes.
A casualidade é quando numa determinada peça utiliza-se uma determinada roupa, exemplo: num papel de uma menina, se veste uma roupa de menina, assim como no teatro dramático.
Na padronização é diferente, costuma-se fazer um acordo com o grupo e decidir permanentemente como será o figurino das personagens (demônios, satanás, anjos, Deus, Jesus, etc,), seguindo uma padronização, como por exemplo: os personagens Jesus, Deus e anjos vestem roupas todas brancas, porém anjos com asas, Jesus e/ou Deus com um manto maior e mais longo, os demônios, pessoas comuns e satanás podem vestir roupas pretas, porém satanás com um manto longo e negro (a maquiagem também pode ser utilizada para caracterizar as personagens).
Independente da opção de figurino, a pantomima não pode ser ambígua nem confusa, deve ser acessível a todos e direta, o figurino não pode causar dúvidas no público, deve ser algo que quando o espectador assistir reconheça imediatamente qual personagem está sendo representado.
Maquiagem
A maquiagem na pantomima é tão importante quanto o figurino, é com ela que se diferenciam as personagens. A maquiagem é capaz de transmitir muita informação se feita com cuidados.
A maquiagem perfeita, que é utilizada para retratar machucados, cicatrizes, etnia, e outros pode ser deixada apenas para o teatro dramático, para a pantomima a maquiagem deve ser clara e direta, sem ter compromisso com a perfeição, pois a pantomima é uma arte completamente abstrata, e assim segue a maquiagem com ela.
Os grupos de pantomima cristãos costumam padronizar o tipo de maquiagem. A respeito das tintas, sugere-se três opções. A primeira seria pasta d’água, porém esta pode manifestar alergia em alguns atores, por isto sugere-se a pasta d’água de farmácia de manipulação que é completamente antialérgica, a segunda opção é panqueique e a terceira tinta facial infantil, disponível em todas as cores e todas antialérgicas. Todas estas tintas são removíveis com água e facilmente diluídas.
Durante a maquiagem deve-se ter cuidado com os olhos. Maquiar perto demais dos olhos pode correr o risco de um contato e haver sérias complicações, além de estragar o espetáculo. Portanto, cuidado com os olhos e deve-se pedir para alguém mais experiente passar lápis de olho nos atores, assim a maquiagem não precisa chegar no olho e não fica um buraco sem maquiagem abaixo do olho.
Expressão facial
A técnica de um pantomímico é considerada boa ou má à medida que ele é capaz de usar gestos e sinais corporais para se comunicar com o público. Com a popularização do cinema falado e conseqüente perda dos aspectos não-verbais da representação, muitos pantomímicos caíram na obscuridade.
A expressão facial é de extrema importância na pantomima, afinal não costuma-se falar na pantomima, portanto grande parte da mensagem será transmitida pelo rosto. Por isto temos que conhecer nosso rosto.
Um excelente conselho é fazer expressões faciais de felicidade, tristeza, raiva, amor, compaixão, medo, angústia, espanto, etc em frente a um espelho. Nesta hora pode-se moldar a expressão facial a vontade, e se a expressão de feliz está parecida com um idiota alegre, podes-se treinar mais, até o ator convencer a si próprio de que está feliz. Também é importante que o grupo de pantomima chame a atenção dos pantomímicos que não estejam com uma boa expressão, sugerindo melhoras e pedindo para recomeçar. Não importa quantas vezes o ensaio recomece, deve-se aproveitar o ensaio para este tipo de correção.
“Uma pessoa feliz é aquela que está sorrindo, certo? Errado”. Somente em expressões com sorriso podere-se citar ao menos cinco e todos com emoções distintas. As crianças costumam ser aconselhadas por suas avós a “fazer uma cara feliz”, “dar um grande sorriso” e “mostrar os dentes brancos maravilhosos” ao conhecer uma pessoa. A vovó sabia, no plano da intuição, que isso causaria nos outros uma boa impressão. Os primeiros estudos científicos sobre o sorriso que se tem notícia foram os do cientista francês Guillaume Duchenne de Boulogne, no início do século XIX. Boulogne descobriu que os sorrisos são controlados por dois conjuntos de músculos: os zigomáticos maiores, que percorrem todo o lado do rosto e se conectam com os cantos da boca, e os orbiculares ópticos, que puxam os olhos para trás. Os zigomáticos maiores puxam a boca para os lados, expondo os dentes e alargando as bochechas, ao passo que os orbiculares ópticos estreitam os olhos e produzem os pés-de-galinha. É importante entender o funcionamento desses músculos, porque os zigomáticos maiores são conscientemente controlados – são usados para produzir falsos sorrisos de satisfação que dão a impressão de cordialidade e subordinação. Os orbiculares ópticos que atuam independentemente, revelam os sentimentos que há por trás de um sorriso verdadeiro. Portanto, a primeira coisa que o público procura inconscientemente para saber se seu sorriso é verdadeiro são os pés de galinhas. É importante o grupo lembrar o ator de forçar os olhos ao sorrir, assim o sorriso fica com ar de felicidade.
Para um sorriso, não basta apenas um movimento com a boca, os olhos influenciam significantemente o sorriso, e pode-se reparar no espelho que o sorriso bem dado é capaz até de levantar as orelhas, curvar as sobrancelhas e esticar o nariz, por isso se sorri com o rosto, e não apenas com a boca. Esta regra vale para qualquer emoção. “Uma pessoa zangada é aquela que está com as sobrancelhas franzidas, certo? Errado também!” Analise o contexto, o rosto todo deve dizer que a pessoa esta zangada, a boca com ar sério, os olhos levemente arregalados e atesta um pouco franzida. Um sorriso com as sobrancelhas franzidas é sinal de felicidade ou de ira? De nada. Isso não existe! Cuidado para a expressão não deixar o público confuso.
Uma expressão bem feita, treinada, conscientizada e nítida é muito eficaz, diz muito sobre o personagem, vale apenas lembrar que o rosto não é um conjunto de partes, é o todo, e o todo deve passar a emoção, e não apenas uma parte.
Expressão corporal
Pouco importa um rostinho bonitinho se o corpo diz o contrário, a postura e a posição dizem muito para a platéia, principalmente para as mulheres – elas costumam ser mais observadoras – por isso vale entender o que o corpo diz. Segue abaixo alguns exemplos de expressão corporal utilizados na pantomima.
* Sinal de franqueza: Mãos espalmadas para cima, pode vir com braços abertos;
* Sinal de autoridade: Mãos espalmadas para baixo (lembra do gesto de Hitler?), ou dedo apontado;
* Em desacordo ou insegurança: Braços cruzados ou coçar/bater na cabeça ou pernas cruzadas;
* Atitude hostil: Braços cruzados fortemente com punhos cerrados;
* Resistente: Braços cruzados com as mãos agarrando os braços;
* Confiante, porém defensivo: Braços cruzados com os polegares para cima;
* Nervosismo: mexendo no punho da camiseta, na bolsa, no relógio, enfim, em algum lugar que possa formar uma barreira entre o mundo exterior e o pantomímico;
* Pessoa aberta: Braços paralelos apontando para frente;
* Pessoa fechada: braços sobrepostos, cruzando-se, criando uma barreira;
* Pessoa tomando decisão: Alisar o queixo;
* Pessoa neutra: pernas (em pé ou sentado) em posição de sentido, retas e juntas;
* Homem dominador: Pernas abertas;
* Pessoa emocionalmente retirada (“no mundo da lua”): Pernas e braços cruzados ao mesmo tempo;
* Homem competitivo: Pernas cruzadas com os tornozelos sobre o joelho;
* Pessoa reprimida: tornozelos trançados (homem com joelhos afastados, mulheres com joelhos abertos);
* Preparado para uma atitude ofensiva ou de ataque: Mãos sobre a cintura;
* Se achando “o macho”: Postura de caubói, isso é, polegares enfiados no cinto, ou no alto dos bolsos;
* Controlador ou manipulador: Montar na cadeira, isso é, virar a cadeira, sentar e manter as costas da cadeira na sua frente, apoiando o braço. Sentar ao contrário;
* Confiante, pessoa que acha que tem o segredo do sucesso: Catapulta, ou seja, mãos na nuca da cabeça, sentado com as pernas cruzadas com o tornozelo sobre o joelho;
* A postos: sentado, inclinar-se para frente com as mãos no joelhos;
* Fumante confiante, superior, positivo: Baforada para cima;
* Fumante negativo, reservado, desconfiado: Baforada para baixo;
* Pessoa que usa óculos e quer ganhar tempo: Um braço da armação na boca;
* Pessoa intimidadora que usa óculos: Olhar por cima dos óculos.
Música
Nem toda pantomima deve ter música, mas em diversos casos ela é utilizada para pontuar e acompanhar os sentidos despertando emoções nos espectadores de acordo com o objetivo da peça. É praxe utilizar músicas que sejam ricas em recursos para os movimentos, se movimentar no ritmo da música é muito interessante, pois realça os movimentos. Mas, claro dependerá do contexto cênico da pantomima em questão seja ela cômica, dramática ou mesmo abstrata.
FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pantomima
ACESSADO EM 06/04/2009 ÀS 23:39